quinta-feira, 25 dezembro, 2025

Crianças aprendendo inglês na primeira infância: o que os pais podem esperar – por Heloísa Tambosi

Olá, moms!

A importância do inglês em nossas vidas é indiscutível, por isso muitos pais optam por matricular os filhos ainda pequenos em uma escolinha – e não há problema algum nisso, muito pelo contrário!

Pensando nisso, a Heloísa Tambosi, fundadora da Language In Life, uma escola de inglês que atua em colégios e oferece aulas particulares em casa, fez um texto falando sobre a expectativa dos pais em relação aos primeiros aprendizados da língua estrangeira de seus pequenos.

Em seu último post, a Heloísa falou sobre a importância do brincar para aprender. Leitura super bacana! Recomendamos muito!

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Crianças aprendendo inglês na primeira infância: o que os pais podem esperar - por Heloísa Tambosi

 

Durante toda a minha experiência como educadora em escolas de inglês para crianças, percebi que os pais trazem expectativas para o processo, muitas vezes, esperando o produto final. Mas o importante na experiência de crianças aprendendo uma segunda língua é justamente o processo. Processo esse que precisa ser prazeroso, lúdico e pensado para o universo da criança. Assim, a aprendizagem vem de formal natural, desde que seja significativa.

A criança na primeira infância (0 a 6 anos) ao entrar em contato com uma segunda língua, primeiramente entende o conceito ou a “ideia” que existem outras formas de se expressar, ou outras palavras com outros sons para falar de coisas do seu dia a dia. Daí começa a fazer associações: esse “jeito” (no caso o inglês)  é a língua da Dora (dos desenhos), do Mickey ou de algum lugar onde já fui (uma viagem). E começa a perceber que existem outras formas de falar e de pensar.

No contexto de aulas prazerosas e lúdicas, a criança cria essa relação com o inglês e com o professor, começando a receber essa língua (input) sem esforço. E, parecido com o processo da língua materna, precisa primeiro ouvir para começar a reproduzir. Ainda nos momentos lúdicos das aulas, começa prontamente a repetir e nomear palavras. Porque são nesses momentos que o inglês faz sentido para ela. O professor, por sua vez,  deve, no decorrer das aulas, demandar produção oral, desde repetir expressões e vocabulário, até sempre responder as perguntas já aprendidas.

O que acontece muitas vezes são situações pós aulas em que os pais perguntam: “O que você aprendeu hoje?” E é muito difícil essa pergunta para a criança: Primeiro, o que é aprender para uma criança de 3 anos, por exemplo? Segundo, a criança vivenciou a língua nos contextos lúdicos, como ela vai conseguir reproduzir isso?

A criança vai falar o que sabe espontaneamente nos momentos que forem significativos para ela.

Uma sugestão é: brincar com ela com massa de modelar, por exemplo e sugerir “dessa vez falar todas as cores em inglês”. Dessa forma, vai ser mais natural. Proporcionar em casa momentos lúdicos para o uso do inglês é, sem dúvida, a melhor forma de estimular a criança a usar tudo que conhece nas aulas.

O que os pais precisam pensar é que proporcionar o contato com uma segunda língua para crianças pode trazer “long-term benefits”, ou benefícios para toda a vida: uma relação com o inglês sólida (porque vai fazer parte da vida dela), um “listening” ou compreensão oral inglês invejável e grande flexibilidade cognitiva.

É muito importante respeitarmos o tempo, a maturidade e a personalidade de cada criança, sem comparações e, principalmente, sem pressões.

As exigências devem acontecer na escolha da escola, porque necessariamente, as aulas precisam ser adequadas a faixa etária e aos interesses das crianças.

 

  1. Cameron, Lynne. ELT Journal 57/2: Challenges for the ELT from the expansion in teaching children

 

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Heloísa Tambosi é fundadora da Language in Life. Trabalha com ensino de inglês para crianças desde 1995, formada em letras com especialização em educação infantil e mestrado em ensino de inglês para crianças pela Universidade Federal de Santa Catarina.

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